terça-feira, 26 de agosto de 2008

Além do próprio limite!

Dica: Este texto é o 1° de uma serie de 3. Deixo como dica ler os 3 para melhor compreenção.

No ultimo dia 24 de agosto, participei da Corrida Contra o Câncer de Mama. Esta corrida se realizou no parque do Ibirapuera e tive o prazer de dividir este momento com alguns amigos do trabalho.
No começo da corrida, havia uma troca de força. Todos em busca de um único objetivo, mas todos com ciência do seu próprio limite.
A corrida não tinha o objetivo de achar um vencedor, nem de colocar alguém na posição de melhor sobre os demais. O nosso objetivo era que todos terminassem a prova. Cada um no limite do seu próprio corpo e todos torcendo por uma vitória em comum.
Em determinado momento quando estava no 4° km, naquele momento suado e na expectativa de terminar a corrida. Todos já haviam se separado por seus limites, mas todos unidos por um elo de carinho e objetivo em comum. Olhei a minha volta e refleti um pouco sobre Deus.
Comecei a associar aquele momento da corrida com a vida espiritual, com a vida das pessoas que vivem em comunhão por estarem todos em comunhão com Deus. Encontrei dois pontos que associei.

1° O de começar a “corrida espiritual” unidos. Incentivando um ao outro. Orando pela vida dos demais e ajudando da maneira que podemos. Todos respeitando o seu próprio limite e o momento espiritual dos demais. Sem um ser mais, e nem menos do que o outro. O importante é buscar. Não haverá um ganhador sobre os demais, cada um no seu próprio tempo encontrará a linha de chegada.
Durante um momento da “corrida espiritual” olhamos para os lados e não vemos os nossos irmãos. Precisamos de um momento como este para crescer com Deus, viver um momento de intimidade individual com o nosso Senhor. Buscar em Deus a força para seguir em frente e vencer o caminho proposto.
Mas mesmo separados ainda estamos unidos pelo amor de Deus, o Elo maior que nos une. Pelo amor que sentimos uns pelos outros, torcendo por todos para alcançarem à linha de chegada. Não importa o tempo que demore, o importante é terminar a corrida se superando, crescendo na presença de Deus.

2° O de superar a si próprio. Houve um momento que a força respiratória havia caído e a força física estava por um fio. Refleti sobre as provações que passamos na vida, e cheguei à conclusão que na corrida era mais fácil me superar e ate sacrificar o meu físico, mas na vida espiritual caímos no primeiro degrau.
Simplesmente nos entregamos a condição de pecadores, e não nos esforçamos um pouco. Estamos acomodados com a graça de Deus.
Obviamente que nunca abandonaremos a natureza pecadora. A graça e misericórdia de Deus nunca deixarão de serem necessárias.

Mas olhando friamente, sendo sincero com si próprio: Quantas provações não poderiam ser vencidas com um pouco mais de sacrifício?