domingo, 22 de novembro de 2009

Falar, sonhar e cantar, mas não viver o amor!



Este texto é baseado numa conversa com o Felipe no ultimo final de semana. Numa cena, que de tempos em tempos se repete, estávamos no carro falando de amor. Cantando musicas meladas da Mariah Carey e deixando a mente vagar nas possibilidades que a vida concede.

Fiz uma pequena reflexão sobre as pessoas que vivem em busca de amor e o motivo de desejar, de forma até desesperada, um relacionamento. Basta olhar ao redor e sentir que tudo direciona para esse sentido. Ao ligar o radio há varias musicas romântica. Musicas de amores impossíveis. Maus relacionamento e corações despedaçados por paixões avassaladoras. Na tela dos cinemas, há variações de romances para todos os gostos. Desde amor entre ser humano e vampiro, ou o clássico, moça virgem, inocente e pobre que se apaixona pelo canalha. Mas no final ela é vitoriosa ao dar rumo à vida do sujeito. Nas propagandas de casas, apartamentos e terrenos, o casal unido que se ama é sempre destaque na hora de escolher onde morar.

Até este ponto tudo parece lindo e é o que se precisa na vida, mas o ideal de amor comercializado está fora do alcançável na vida real. Vende-se o sonho de amor avassalador, amor incondicional. Amor que vence todas as barreiras, mas de uma forma irracional. Um amor comercial que vence o orgulho e a individualidade de forma tão fácil, que qualquer ser humano deseja ter.

Quando se passa parte da infância e adolescência com este sonho, e chega à vida adulta para encarar a realidade, o choque com o mundo real é duro. No mundo real não é necessário aprender a amar, mas a ceder. Aprender a entender que cada um possui um tempo determinado para cada experiência. O ponto que um está maduro é o ponto que o outro está experiente, e temos o prazer de ensinar o companheiro a crescer e não criticar. Até por ser fácil criticar do que ajudar a evoluir. Quando uma pessoa critica, ela se mantém no ponto de inércia. Naquela zona de conforto e de apenas um observador com os seus palpites. Quando se dispõe a ajudar é necessário movimentar forças e entender a mente alheia. Essa posição é complicada com o passar do tempo, pois queremos alguém pronto. Alguém maduro e que já saiba como agir conosco.

Deveríamos aprender menos a amar, e muito mais a entender. Estamos tão apoiados na atitude de amar, que esquecemos que não basta amar. E, sim aprender a conviver com o outro. Não sabemos lidar com aquilo que é diferente da nossa realidade. Na época que vivemos tudo é mais fácil, o que faz a situação piorar. Com a facilidade de terminar com um e começar com o outro, ninguém quer se estressar. É simples terminar e buscar uma nova pessoa na próxima esquina, mas nos tornamos prisioneiros de um círculo. A lição de entender não é aprendida e novamente é preciso terminar e recomeçar. O circulo se torna sem fim.

Com o passar da vida esse circulo de busca se torna perigoso e amargo. Perdemos a vontade de arriscar e a intolerância piora. Ao conversar com alguém já buscamos na mente outra pessoa do passado com mesmo comportamento e fugimos do perigo. Não se machucar se torna um lema e é preferível ficar com a solidão.

No final culpamos o amor, mas a lição do amor foi aprendida. Faltou aprender a lidar com a vida do outro. A lidar com pessoas diferentes dos membros da nossa família. Pessoas que possuem educação e cultura diferente da nossa, e amar a essência do ser humano com seus defeitos. Amar o perfeito, para cada um, é fácil, mas amar o que é diferente aos nossos olhos é tarefa árdua

3 comentários:

Unknown disse...

O amor tudo suporta!!!!
Qd amamos, o diferente se torna igual.hoje sei que o importante é viver o agora e que esse tal de AMOR seja eterno enquanto dure,com espinhos ou sem

Felipe Entini disse...

perfeito....nossa lindo o texto...expressa tudo o que conversamos aquele dia...kkk...é por isso que eu tenho orgulho de ser seu amigo...bjussss

Rodrigo disse...

Deveríamos aprender amar menos...não sou o que chamamos de galanteador, cafajeste ou alienado por romances...mas não dispenso uma boa paixão!

É preciso despertar nossos anjos e demônios...seja num eterno romance entre os filmes de vampiros e virgens, ou num breve encontro entre desconhecidos!

Viver deve ser perturbador!...ou perde a graça!