sábado, 29 de novembro de 2008

Difícil abrir o coração!



Após terminar uma relação muitas coisas rodam a cabeça. Uma delas é a infeliz pergunta - Mas vocês não estão mais juntos? - Com ela vem aquele frio na barriga, aquela vontade de colocar a cabeça em um buraco e se esconder do mundo.
Outra pedra que aparece na jornada é o medo de se envolver com alguém novamente e abrir o coração para uma nova oportunidade. Esse medo é mais difícil de superar, pois os questionamentos é só responder, mas agora abrir o coração e se deixar envolver geram um movimento de reconstrução interna, de buscar estabelecimento emocional.

Deixar outra pessoa entrar na vida para apenas aparecer e ir embora sem explicações plausíveis, ou apenas vir para bagunçar, traz aquele medo de viver a dor do final mais uma vez. Aquele sentimento de frustração, de novamente se deixar iludir e sair gasto de mais um envolvimento. Mas viver uma situação de medo e congelar o coração não está de acordo com a vontade de Deus sobre nossas vidas.

Acredito através do amor de Deus que teremos uma vida plena para alcançar nossos sonhos. Para aqueles que sonham com um relacionamento, Deus te ama e como Alguém que ama, Ele quer te dar o melhor. Então, por que viver uma vida se sentindo frustrado e de coração fechado? Ou melhor, por que este sentimento de magoa demora tanto para passar?

Estes momentos de dor servem para aprender a valorizar algo maior que Deus colocará em nossas vidas e reconhecer que houve erros, e que não há perfeição de ambas as partes. A partir disso, há abertura para trabalhar pontos para a melhora como ser humano. Com essa experiência, aprendi que nunca seria perfeito e comecei a entender os erros das outras pessoas. Hoje reconheço que o erro do outro eu também cometi em algum outro momento ou ainda poderei cometer.

Outro ponto para analisar é a incidência. Quando vivemos circunstâncias parecidas com pessoas diferentes, e entao pensamos que todas as pessoas são iguais. Mas as pessoas são todas iguais ou há uma idéia fixa de pessoa na nossa mente? Podemos estar vivendo uma procura do tipo de pessoa errada, aquele tipo que nunca dará certo. Ficando a possibilidade de rever as prioridades e o que se espera de alguém, ou o que não se espera.
Observe se o tipo de pessoa que você precisa condiz com o tipo de pessoa que você procura. Nem todas as pessoas que querem algo são apropriadas, se eu gosto de cinema e de ficar em casa, como dará certo com alguém que curte sair de sexta até domingo. Se eu gosto de curtir minha família e amigos, porque vou aceitar alguém que curte ficar sozinho e não gosta de interagir com as pessoas que fazem parte da minha vida. Claro que algumas pessoas podem estar numa posição esperando alguém que as tirem de suas rotinas, mas cuide de si próprio, evite passar por situações desnecessárias. Aprender a valorizar o ser humano que é ajuda nesse processo. Quando valorizamos que podemos fazer alguém feliz e tudo aquilo que somos, temos possibilidades de selecionar melhor a pessoa que entrará nas nossas vidas.

Em relação à comunhão com Deus, estar na presença Dele não significa deixar de viver momentos ruins. Deus não prometeu uma vida fácil e tranqüila para ninguém, e se não cair como aprender a levantar? Somente entendemos a misericórdia de Deus quando vivemos dores e Ele nos coloca nos braços para que haja cura. E errar na escolha, sentir dores e sofrer por uma desilusão faz parte, mas não pare de viver em função disso. Nossas vidas são complexas e há tantas coisas para correr atrás que a vida nunca irá parar por isso. As pessoas devem vir para fazer parte de um todo, não para ser tudo.

Abrir o coração pode ser difícil, mas o caminhar deve ser parecido com o de uma criança que está aprendendo a andar. Nunca deixe de tentar e peça ajuda ao Pai quando precisar. Saiba que haverá tombos, machucados, mas tudo edifica o seu caminho. Se você caiu é porque não analisou direito o tamanho do passo e o caminho que queria percorrer. Ganhe confiança nos passos que está dando e nunca esqueça que Deus te observa, e que cada tombo tem um propósito. Quando você aprender seus limites e o caminho que condiz com a sua realidade, você vai aprender a andar. E no fim do caminho, seu Pai estará de braços abertos, te olhando, e esperando você chegar para te abraçar.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Desabafo sobre uma delicada relação

Hoje estava pesando nos períodos que ficamos sem nos falar.
Fico pensando como é triste tentar se aproximar e te sentir cada dia mais distante.
Às vezes sinto que tudo está tão difícil e preciso de você do meu lado... Mas você não está aqui.

Penso para onde correr e tenho Deus do meu lado, mas é de você que sinto falta.
Sinto que não posso mais correr, que tentar plantar sentimento e uma convivência não me segura mais ao seu lado.
Estou num ponto que preciso de mais de ti, mas apenas deixo nas mãos de Deus.

Olho para a minha vida e vejo tudo acontecer.
Vejo a mão de Deus curar feridas e coisas que já passaram.
Sinto que em tudo meu caminhar vem evoluindo.

Colho dos amigos e das pessoas que fazem parte da minha vida um amor incondicional, um verdadeiro amor presente do meu Deus!
Mas em tudo que está a minha volta ainda falta você pai e você não sabe como essa distancia me machuca...

sábado, 1 de novembro de 2008

Pensamentos

Gostaria de transcender as barreiras da minha memória, dos traumas da infância.
Gostaria de não ter medo de viver no limite da carência, no ponto mais alto, aquele em que estaria beirando o meu lado mais insano.
Queria não me entregar tão facilmente ao desespero, e resolver tudo pela minha força de vontade.

Queria ter menos garra, e me frustrar menos.
Queria me apaixonar “sempre de leve”, e não me iludir tanto.
Queria não me deixar levar pela minha fé, e ser mais coerente.
Queria viver menos intensamente, mas não sei o dia da morte.

Sonhei que poderia amar e ser amado, mas este momento ainda não chegou.
Sonhei que seria bem sucedido, sou! Mas descobri que existe algo além, e minha alma nunca fica satisfeita.
Sonhei viver em ambientes de cooperação e mutualismo, mas isso é minha utopia.

Queria esquecer que muitas pessoas passaram, queria fingir que sofrer de amor não dói.
Queria apagar os momentos que chorei e disse a Deus que tudo estava perdido.
Queria dizer que amo viver a vida, e que tudo está bem...mas seria mais uma utopia.

Já teria desistido de tudo se Deus não estivesse marcado no meu peito.
Desistiria da vida, se Ele não tivesse me pegado no colo.
Desistiria da família, de ser amado, de ser sucedido, de viver as utopias, de um dia aprender a andar no caminho certo se não fosse por Tu.
Teria desistido de encarar os medos e saber viver com as memórias infelizes.

Senhor obrigado por estar ao meu lado, quando achei que tudo estava perdido.
Obrigado por mudar o rumo da vida, quando a direção tinha se perdido.
Obrigado, pois hoje me sinto na “batida perfeita”, e devo tudo a Ti!